: : [White Monday] RWB 964 Carrera : :

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Rauh Welt Begriff 964 Carrera

: : Nesta dança, uma canta, a outra toca e eu choro : :

Faz tempo que não atualizo, tempo que não posto, tempo que não comento, faz tempo que não escrevo, tempo que não fotografo, tempo que não dirijo, faz tempo que não tenho tempo de ter tempo pra fazer absolutamente nada fazendo alguma coisa. Isso não quer dizer que eu não tenha dado um rumo certo pra minha vida, minha bebedeira ou meus projetos, muito pelo contrário.

Resolvi encarar a vida adulta de frente e fazer o que adultos fazem: Deixam de lado muitas de suas convicções, desejos e vontades em busca de algo melhor. Confesso que vinha procrastinando certas situações há tempos e evitando certos tipos de discussões, mas uma hora a hora chega e dessa vez chegou forte. Enfiei a cara na empresa e tornei ela uma das minhas maiores prioridades, apenas depois da minha família. Dedicação quase que 100% e vontade de fazer dar certo eram obrigações que foram admitidas, coisas que já deveriam ter acontecido.

Muito mimimi depois, vamos aos carros que é o que interessa.

Sim, a Gorete se foi. Com a reforma da casa indo a pleno, não poderia deixar que parasse em algum ponto, então é como o sábio certa vez parafraseou: "Vão-se os anéis. Ficam os dedos". Não esperem (não tão logo) uma carta de despedida ou uma postagem apaixonada falando da saudade, dos passeios, dos encantos, dos resquícios... não esperem. Até de seus espólios estou me livrando. Para que a dor fosse amenizada, me desapeguei de uma só vez e nem sequer tive tempo de me despedir. Foi melhor assim, sem mimimi.

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Esta foi a última foto antes de partir... e me repartir.
Ela dançou.

Atualizei minha capa para aquelas que são minha prioridade, organizei as finanças (para poder foder com tudo novamente), planejei detalhes... e tudo foi por água abaixo, mas foda-se! Eu sei nadar! Após resgatar tudo o que pude, reconquistar o que se esvaiu e colocar a cabeça em ordem, resolvi que a maior mudança viria de dentro, então... back to basic e, num belo dia de Domingo, "alguém" apareceu, em um lugar não muito habitual, com uma mensagem intrínseca que me faria repensar muita coisa:

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Sem legendas. Para bom entendedor, pingo é letra.

Agradeci como se deve, prometi coisas que cumpri (parcialmente), descumpri outras que prometi... e a vida ia girando. Se bem me lembro, da última vez que escrevi sobre elas (Fusca e Prêmio) foi há quase dois anos e chegou a hora de atualizar algumas linhas, afinal, eu também fico PUTO PRA CARALHO quando algum projeto que sigo deixa de ser atualizado... mas continua.

Em resumo: A Gorete quebrou o motor, eu refiz tudo de novo, andei alguns bons quilômetros com ela, curti bastante, aproveitei as amizades, os passeios, o projeto... e ela nunca mais deu problema algum. Esticadinhas de 140 km/h num Fusca sem barra estabilizadora, com rodas enormes, pneus minúsculos, freios ridículos e com rotações beirando a explosão do velho 1300 serviam como antiestresse e recuperavam as energias perdidas nas semanas que se passavam. Essa era a pequena dose de adrenalina que eu me permitia durante a semana, afinal, o estresse diário já causa emoções demais.

Foi embora em pleno vigor e ainda esfregou na minha cara toda sua promiscuidade em um texto de despedida que me emasculou por alguns instantes. Despediu-se com um "Ele que chore depois", mas ainda não chegou esse momento.

Saudades das dores de cabeça que só ela me causava? Ainda não pude sentir. Como disse anteriormente, estou construindo/reformando uma casa, então isso por sí só já fode a porra toda sem precisar de mais um carro para me lascar a vida. Ela precisava ir. Soube que já ganhou um trato na carroceria e estão chegando mais alguns presentes para ela. Ela precisava de um novo dono e eu de ajustar minhas contas. Ao meu ver, foi justo.

Tenho dedicado meus trocados para dar seguimento à Gee. Não por necessidade, mas para não enlouquecer (de verdade). Vendemos o Ford Fiesta (meu carro do dia a dia) que servia à empresa para levantarmos algum dinheiro, pois sabíamos que tempos difíceis estavam por vir. Passei a rodar e cuidar mais dela, mas algumas coisas estavam fadadas à condenação e isso era só uma questão de tempo. Com 187.000 km rodados eu resolvi arriscar mais uma vez na combinação de aditivo de radiador para a limpeza do sistema e os resultados foram os esperados.

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No uso diário, alguns pormenores iam aparecendo e sendo sanados tão logo fosse possível. Certa vez notei o consumo elevado e um cheiro forte de combustível no carro. Ao abrir o capô, o desborbulhador estava trincado e vazando combustível MUITO próximo do coletor de escape. Para tornar-se um Prêmio "Fire" não era apenas uma questão de adição de adesivo ao porta-malas. Por pouco não pega fogo. Comprei logo o desborbulhador Brosol original e correto para o modelo, voltei a mangueira de combustível à posição original e eliminei a gambiarra que havia ali.

Aproveitei para comprar um tapete de borracha para o túnel central traseiro e um para-sol para proteger volante e painel, já que no trabalho não tenho garagem coberta e o sol de Brasília nos meses de Agosto a Novembro é capaz de enlouquecer alguém.

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Algum tempo depois era hora da Troca da junta da tampa do cabeçote que estava vazando e buchas da barra estabilizadora que haviam se rompido. Além da patroa falando um monte no meu ouvido por conta das poças de óleo na garagem de casa, abrir o capô para completar óleo dia-sim, dia-também tava foda.

Ao abrir a tampa, uma grata surpresa ao verificar o comando de válvulas e ver que tudo anda bem por ali.

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Saindo da oficina, passei para comprar um palheta do limpador de para brisa (optei pelas de silicone da Bosch por achá-las esteticamente mais bonitas e moles, evitando arranhões ao vidro) e braçadeiras novas para a linha de combustível que, em alguns pontos simplesmente não haviam ou estavam presas de forma incorreta (com zip-tie). Naquela semana eu havia quebrado dois "Tês" de plástico que haviam ressecado. Comprei de cobre para não ter mais surpresas. Mais uma bricolagem efetuada com sucesso.

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Os 189.000 km foram levemente traumáticos. Uma mangueira rompida, uma nova tampa de reservatório de expansão e, como vinha usando aditivo há algum tempo, mantive o procedimento, afinal, tudo que era sujeira interna deveria ter saído. Dito e feito... mais adiante teríamos problemas...

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Próximo a completar 190.000 km noto uma fumaça branca muito intensa saindo pelo escape. Era possível notá-la pelo retrovisor. A reação foi imediata. Parei o carro e fui conferir o óleo...

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Parecia um achocolatado de tanta água que havia no óleo. Já imaginava que o cabeçote estava completamente fodido. Por sorte não estava e era apenas a junta do cabeçote que estava comprometida, juntamente com uma galeria de água que rompeu-se devido à ferrugem e à maior pressão do sistema. Foi feito um trabalho de solda na galeria, trocada a junta e um passe de poucos mm foi dado no cabeçote para garantir a plaina. O carro parecia outro, mas ainda faltava um acerto mais fino, coisa que só fui reparando com o passar dos dias.

Apesar de não desejar vê-las acendendo, as luzes do Check Control funcionam perfeitamente. Queimou a lâmpada, luz acende no painel.

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Com os gastos de manutenção já quase que findados, pude investir em outro ponto que vinha me incomodando, mas vinha sendo adiado por falta de verba. Comprei pneus novos para ela. Os pares antigos (sim, eram dois de cada marca e modelos diferentes) não estavam em boas condições e isso era uma prioridade que não poderia ser mais adiada, afinal as chuvas estavam chegando e as coisas ficam beeeeem escorregadias por aqui.

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Ganhei do amigo Dennis Zanolla um coletor de escape 4x1 que logo entrará em cena para aposentar o escapamento original, mas para continuar rodando, era necessária a troca da junta do coletor, uma vez que a original estava estragada e os gazes estavam invadindo a cabine, tornando o cheiro interno bem incômodo, principalmente nos engarrafamentos.

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Numa viagem próxima para o Encontro Fiat do Centro Oeste ela ferveu novamente. Na ida foi numa boa, mas na volta...
Desta vez não foi por conta da tampa do reservatório e eu já sabia o que deveria ser feito. Infelizmente não tinha a peça na mão àquela hora, mas não demorou para darmos um jeitinho e voltarmos rodando para casa. Rodávamos um pouco, o carro fervia, parávamos, completávamos a água e rodávamos mais um pouco... isso aconteceu umas sete vezes até que conseguimos chegar em casa. Nessas horas o amigo Marcelo MarmoR estava conosco (patroa, sogra e eu) em seu VW Polo para dar o apoio necessário. Obrigado, amigo!

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Por sorte o Cleiton, um outro amigo, tinha um outro reservatório de expansão. Trocamos, pois era por ele que vazava, mas não era esse o problema. Após 3 horas para andar 60 km, encostei o carro para levá-lo à oficina na segunda feira cedo. Chegando lá mandei trocar todas as mangueiras, sensores, fluido de arrefecimento e a filha da puta da válvula termostática por uma nova e original. Deste ponto em diante paramos de ter problemas com essa italiana comedora de pão de queijo esquentadinha.´

A Gee fumava um pouco nas reduções de marcha e estava com o lance de aquecer. Agora com a termostática nova, sensor e a porra toda nova, não deu mais pronblemas! Nem baixa água! Daí fui lendo e entendendo um pouco mais... Esses motores mais antigos DEVEM trabalhar mais quentes, pois eles precisam dilatar para sanar as diferenças que os retentores não suportam.
Com isso, o próprio metal "veda" o que os retentores deixam escapar. Assim, o consumo de fluidos (água, óleo e combustível) é menor pois a eficiência destes motores foi estudada para funcionar com temperatura elevada! A porra do Prêmio trabalhava com 60°C o tempo todo! Hoje ela trabalha sempre a 90°C e quando o ar condicionado está ligado, um pouco menos.

Hoje ela já não bebe, não fuma (tanto) e nem me fode!

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Mas o uso diário tem suas consequências e cobra seu preço. Engarrafamentos quilométricos e intermináveis cobravam a conta no final do mês em R$. As médias de consumo que eram em torno de 6,2 km/l melhoraram para cerca de 8,4 km/l com o novo sistema de arrefecimento, mas ainda estavam bem aquém do esperado para tempos de gasolina cara. Isso se resolveria com o tempo.

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Certo dia ao buscar minhas filhas na escola, andando devagar, ouvia-se um tilintar vindo das rodas. Parei para observar e uma das calotinhas centrais estava praticamente solta. Tirei as quatro e comprei um kit de brocas para fazer novas roscas nas rodas e novos parafusos em inox para não correr o risco de perdê-las. Não são nada fáceis de achar outras.

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Assim como aconteceu com a Gorete, a Gee também cativou alguns corações e com isso algumas amizades foram construidas, outras solidificadas e outras reestruturadas, mas nenhuma delas deixou de ser amizade. Com isso, alguns presentes apareceram e um deles veio do amigo Leonardo Perez, dono do Chevrolet Corsa Blue. Como seu projeto não utilizaria mais as rodas que vieram no Corsa por conta dos enormes freios utilizados atualmente, as belas rodas Momo Star de 14" me foram confiadas para utilização no projeto. Ainda hoje não encontrei maneira para agradecer, mas olho para elas imaginando-as montadas no Prêmio, constituindo uma verdadeira máquina do tempo aos anos 90. Obrigado, Leo!

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E para não dizer que tudo estava "pronto" na parte mecânica, um dos pólos da bateria resolve quebrar quando vou retirá-lo por conta da bateria, que estava nova ter ido pro pau por conta do eixo do alternador que já estava gasto demais. Tudo novo e revisado, aproveitei para trocar o regulador de voltagem e garantir que tudo estaria dentro dos conformes.

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Então "elas" apareceram. Acompanhei a saga dessas rodas num Fiat Palio à distância e simples BABAVA por elas por alguns motivos:
As rodas são fodas.
Quem as fabrica é foda
O desenho delas é foda
O carro que as tinha originalmente é foda
O conjunto de pneus em que elas foram montadas tinha uma medida foda
Uma projeção delas no Prêmio ficou foda
...
O valor não estava de bem com meu bolso, mas o nome do vendedor não me era estranho. Alguns minutos de conversa e ambos lembramos dos encontros automotivos que frequentávamos e dos amigos em comum. Após algumas propostas, conversas, acertos... chegamos a um consenso. Sejam bem vindas Speedlines de Alfa Romeo 166 de medidas 7,5x16", furação 5x108 calçadas com pneus 165/45-16" (sim, as medidas estão corretas)!!! Junto às rodas vieram todos os parafusos de fixação, quatro espaçadores/adaptadores, uma chave para saque dos parafusos allen e um jogo de center caps original da Alfa Romeo para substituição originais que estão gastos.

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As rodas originalmente possuem furação 5x108, diferente dos demais Alfas que utilizam em sua maioria 5x98 e 4x98 (esta última exatamente como a maioria dos Fiats) e vieram com adaptadores/espaçadores de 4x98 para 5x108. Para quem entende um pouquinho desse tipo de adaptação, saberá que um dos furos se sobreporá, ficando descentralizado. Neste único furo tem-se que escolher:
* Ou prende-se o adaptador/espaçador ao cubo original do veículo
* Ou prende-se o parafuso aparente da roda ao espaçador/adaptador, deixando a peça presa apenas com três parafusos ao cubo

O problema é que os adaptadores não me inspiraram muita segurança por conta da ausência de um destes parafusos. Oras, se tem quatro furos no cubo, prendam-se os quatro! Se tem cinco parafusos na roda, prendam-se os cinco! Mas um deles não coincidia e isso embargou minha vontade de andar com o carro montado com essas rodas. Montei para ver como ficaria e fazer alguns testes. Como naquela semana rodaria pouco, deixei assim por alguns dias.

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A amizade é uma dádiva e eu acredito que colhemos o que plantamos. Mais uma vez em conversa com o amigo Dennis Zanolla, ele diz que havia desmontado sua suspensão dianteira de rosca da marca Fênix com calibragem maior para pista. Como ele teria que fazer a regularização de seu carro, não poderia utilizar o sistema e estava disposto a trocá-lo por um sistema mais rígido sem regulagens. Em uma rápida negociação, arrematei o conjunto dianteiro e, de quebra, ganhei uma tampa de válvulas do Fiat Tipo, que possui tampa de rosca ao invés de encaixe.

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A suspensão foi instalada naquela semana para que a altura do conjunto em relação às rodas de Alfa 16" pudessem ficar bem ajustadas. Passei o dia inteiro para deixar tudo dentro do esperado. O feixe de molas traseiro foi desarqueado e revisado, mas não troquei os amortecedores traseiros, pois o curso ficou bastante confortável dada a rigidez dianteira.

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Aproveitei o recesso de final de ano (e a grana do caixa 2, troco do pão, dos favores sexuais...) para comprar um par de faróis dianteiros, filtro de combustível novo, spray preto fosco para pintar as caixas de ar (onde bate pedriscos elas vão ficando esbranquiçadas) e um rejuvenescedor de plásticos para passar nos para choques. Como já se passavam mais de quatro meses da última troca de fluido de arrefecimento, era hora de jogar o anterior fora para utilizar um novo. Água desmineralizada e novos aditivos também entraram para a conta.

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Ela dança... não... samba de deboche na minha cara

Como os adaptadores não estavam do meu agrado, rodei cerca de umas duas semanas com eles antes de tirar as rodas e deixá-las guardadas até ter a solução para o problema dos furos que não se batem. Acima de 100 km/h o carro tremia muito por conta dos adaptadores e uma constatação visual tornou meu receio ainda pior: as rodas giravam em zigue-zague, desestabilizando o carro. Prevaleceu a sensatez. Hoje elas estão guardadas esperando o momento certo para que possam voltar a serem instaladas e por lá ficarem um bom tempo.

A ideia/solução para as rodas Speedline 16" caberem corretamente veio por meio de conversas com alguns amigos, principalmente com o André Shikay.
Para isso, preciso tampar a furação 5x108 e re-abrir em 5x98. Desta forma, o furo (apenas um em cada roda) que ficavam descentralizados entre o cubo, adaptador e roda, passarão a bater.
Precisarei de um jogo de quatro adaptadores/espaçadores de 4x98 para 5x98, dois com 8 mm (dianteira) e dois com 10 mm (traseira) de espessura, center bore destacado para a perfeita acomodação das rodas.
Um jogo de 16 parafusos allen de cabeça chata e assentamento cônico (preferencialmente forjados) para prender os espaçadores aos cubos.
Um jogo de 4 parafusos prisioneiros longos (um em cada roda) para servirem como passantes pelo cubo/adaptador/roda (além de servirem de pino guia).
Um jogo de 4 porcas para os parafusos prisioneiros
Um jogo com 16 parafusos comuns para as rodas.
Tudo esquematizado, mas falta o prin$$ipal.

Aquela calotinha que por pouco não caia voltou a dar trabalho. Na re-colocação ela não pegava rosca. Levei a roda a um torneiro, pegamos uma bucha, retiramos material, abrimos rosca para a bucha, colocamos a bucha com trava rosca e ficou TOP! Levei para alinhar e balancear e ficou novo de novo.

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Com a Gee andando muito bem com as 13" originais, pneus novos e a suspensão de rosca, passei a cuidar mais ativamente da manutenção preventiva. Assistindo a alguns vídeos sobre o motor Sevel 1.6 e ouvindo as dicas de alguns amigos, resolvi fazer algumas pequenas coisas em casa. A limpeza do bujão do respiro de óleo e a instalação de anti-chamas nas mangueiras são coisas simples e fáceis de fazer em casa. Confesso que fazem sujeira, mas um pouco de graxa nunca fez mal a ninguém.

Quando abrimos a tampa de válvulas vimos que tudo estava bem por lá e como cabeçote havia sido feito há pouco tempo, restava limpar onde ainda poderia haver algum tipo de sujeira.

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Mas existe aquele velho ditado em meio aos gearheads: "Quando tudo anda muito bem no carro, é sinal que algo irá quebrar em breve". Esse não falha! Num dia em que passei mais de duas horas num engarrafamento para percorrer cerca de 10 km, ao chegar em frente ao escritório ela apagou. Apagou do nada. Aguentou bravamente o engarrafamento, mas quando chegou ao destino ela apagou e não funcionava mais. Empurrei-a por cerca de 5 metros para colocá-la na vaga e não adiantava. Nada a fazia pegar.

Comentei no grupo do Distrito Racing que o carro não funcionava e prontamente o amigo Fausto Trentinni, hoje da Tadashi Speed Werks pediu que enviasse o carro para lá. Já estava de saco cheio e havia perdido o horário com um cliente naquele dia, então liguei para o Perez Auto Socorro, do amigo Eduardo, que levou-a para ganhar o carinho do Fausto.

O motivo? Uma parte do chicote elétrico que alimentava a bobina derreteu. Fausto refez o trecho, revisou a elétrica, trocou mangueiras de vácuo e combustível, regulou o cabo da embreagem, lavou o motor, acertou o ponto de ignição e... ali nascia um carro novo!

Peguei uma indicação com o Fausto sobre um bom lugar para revisar o ar-condicionado da Gee que estava funcionando, mas quando em períodos prolongados, estava aquecendo demais. Levei na oficina Top Ar, que ficava perto da oficina e o atendimento foi ótimo. Identificou-se que o segundo estágio da ventoinha não estava armando, forçando o motor a trabalhar muito mais quente e que a peça de reposição não existia no mercado. Eles refizeram a peça, revisaram o sistema de ar condicionado, trocaram o filtro e hoje, mesmo em dias quentes pra caralho, o ar gela que é uma beleza!

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Indo para as mãos cuidadosas do Japa...

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... para receber carinhos como ela nunca havia tido.

Nesta mesma semana encomendei um jogo de buchas em PU que até hoje não instalei, pois achei que as minhas estavam ruins, mas na verdade foi apenas uma falha na montagem da suspensão. Resolvi em casa mesmo. Podem falar que vai ficar duro, que vai ranger, que vai ficar desconfortável... podem falar. Vai ficar foda essa porra (um dia)! Então ela chegou aos 200.000 km e, para comemorar, tanque cheio de gasolina V-Power e um banho daqueles de lavar até a alma.

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A próxima troca de óleo se aproximava e eu já tinha outras coisas para fazer no carro. Um vazamento constante na tampa de óleo me incomodava e consegui encontrar uma junta para a tampa da marca Sabó (original). Aproveitei para colocar a tampa que o Dennis havia me presenteado junto com a junta nova, troquei o cebolão do óleo (era por lá que vinha a maior parte do vazamento) e o motor ficou sequinho.

Sim, o cabo do acelerador passa sobre a tampa e é preciso algum malabarismo para retirar o tampão, mas agora não tem mais vazamentos e nem "suor" de óleo babando pelo tampão. Com a injeção o visual do motor deve melhorar bastante. Ainda não instalei o escape, mas não creio que demore tanto tempo mais. Assim espero.

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Com a convivência com amigos apaixonados por estes caixotes, algumas coisas boas aconteciam com eles e, consequentemente, sobravam peças para mim. O amigo André "Abracadabra" havia trocado o motor de seu Uno Turbo (1.4 8v) por um motor de Linea (1.9 16v) e não utilizaria o coletor, flauta, borboleta, suportes... e mais alguns cacarecos, os quais foram negociados fraternalmente. Ainda hoje não fui buscar as peças por pura falta de tempo e espaço para guardá-las, mas este foi o primeiro passo para a fase injetada do Sevel 1.6 da Gee.

Do mesmo grupo de amigos ainda consegui angariar outros pequenos objetos de desejo. O amigo Gustavo Noleto me deu um raro console inferior do Uno 1.6R (túnel baixo) para sumir com o vão que há entre o console de câmbio e o painel, deixando o interior mais harmonioso e bonito. Pela mesma falta de tempo e espaço para efetuar as alterações necessárias para a adaptação o console ainda não foi instalado, mas logo será.

Por falar em interior bonito e harmonioso, neste mesmo grupo de amigos consegui com o amigo Cleiton Kevin um dos volantes mais cobiçados pela comunidade Alfística/Fiatística: Um italiano Nardi de alumínio e madeira com cubo original de Alfa Romeo 155 Elegance. Já sonhava com este volante há anos, mas não encontrava em lugar algum. Eis que a sorte bateu à porta.

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Como o cubo original não serviria, busquei bastante entre as opções nacionais e não encontrava nada! NADA que coubesse no Prêmio! Ou eram cubos vagabundos ou eram apenas para Uno (que tem buzina na seta. Na linha CSL a buzina é no volante). Em contato com a Lotse Volantes, encontrei o modelo que buscava. Me indicaram a Garage Store para a compra, pois eles tinham o modelo em estoque. Não preciso nem comentar sobre o atendimento dos caras. Quem conhece sabe que é foda!

Comprei o cubo sabendo que teria que adapta-lo. O diâmetro do cubo é para volantes de 67mm e o volante Nardi tem 72mm. Eu teria que re-furar o volante (o que seria um pecado), re-furar o cubo (perdendo a garantia) ou construir uma flange de adaptação (a saída mais sensata). Em conversas com o amigo Antônio Neto, onde falávamos sobre um dos Fuscas mais bonitos de Brasília (o dele), ele ouviu minhas idéias, questionamentos e se propôs a ajudar na confecção da flange. Minha surpresa aconteceu quando ele mandou uma mensagem dizendo que o cubo estava pronto. E ficou FODA!

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Cerca de dois meses depois bateram na traseira da Gee. Um vizinho bêbado foi manobrar o carro no condomínio e encostou no para choque traseiro e na lanterna, quebrando os dois. Ambos eram originais. A lanterna foi um parto para achar, mas encontrei. Um mês de procura e logo que ela chegou troquei. Recentemente encontrei a do lado direito e encomendei, pois com o desgaste natural a diferença entre elas é gritante! Já o para choque, bom... esse terei que mandar reformar, pois não encontro em lugar algum do mesmo modelo e cor.

Tenho dicas que só conseguirei na Argentina, sob encomenda, daqui a uns 8 meses. Eu não consigo ficar olhando ela assim.

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Ironicamente, nessas "procurâncias" de peças, encontrei em um site o para choque dianteiro da linha CSL, original, na cor cinza, RARO PRA CARALHO E EXATAMENTE O QUE EU PRECISAVA. Quando comprei o carro, o para choque dianteiro já tinha um detalhe na lateral esquerda e era da cor preta. O carro não tem sinais de batida, mas o parambelo certamente foi trocado. Nâo pensei duas vezes e arrematei. Aproveitei para pedir as lanternas de placa (que estão com as lentes originais bem feias, com as lentes amareladas) e as travas dos cintos de segurança dianteiros (que originais estavam sem o movimento de retorno).

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Hoje em dia, com o andamento da obra/reforma da casa onde moro, ela anda ajudando bastante com seu reboque. Mas gosto de olhar para ela sempre assim:

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É como canta o poeta: "Uma dor de amor, é com outro amor que a gente cura..."
Para aqueles que acham que um projeto se cria da noite para o dia, durmam e sonhem bem. Um projeto é construído a base de muitos sonhos, planos, suor, lágrimas, algum dinheiro, muitos amigos, desejo de fazer o certo do jeito certo... e tempo! Se notarem, apesar da narrativa corrida, nenhuma das aquisições veio num piscar de olhos. Foram quase DOIS LONGOS FODENDOS ANOS juntando peças, procurando, conversando, arrumando, cuidando, limpando... então não me venha dizer que foi sorte.

Hoje a média de consumo está em torno de 9,0 km/l andando numa boa, cerca de 50 km diários, enfrentando engarrafamentos intermináveis, com ar ligado... e segue o projeto mini-Alfa.

Prometo tentar atualizar com mais frequência essa joça aqui. Se não der certo, já sabem...


hehehehe

Abraços, mamíferos!